segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

" Você não tem mais tamanho para brincar no balanço"


" Você não tem mais tamanho para brincar no balanço! " . Pensa numa frase frustrante da infância!! Além de não poder mais me balançar ( meu corpo sempre foi a frente do meu tempo cronológico😀, me empurrando para as exigências de mudanças de comportamento e/ ou padrão social ) eu ainda tinha que balançar o irmão menor. Como assim? Era uma frustração agregada a tortura? Então 🤔. A cena acontecia nas vezes que em família, aos domingos pela manhã, saindo da igreja matriz em Canoas/RS, meus irmãos e eu, podíamos nos divertir nos brinquedos da praça em frente. Era nosso parque de diversões disponíveis pra nossa infância (naquela época, década de 70 ). Ir a missa tinha essa alegria, esse bônus. O balanço, as gangorras, o gira gira.... Na verdade, torcíamos pro ônibus demorar... assim poderíamos brincar mais tempo. Então, a vida de repente, num determinado dia, numa única manhã... muda o ciclo. Sim, feito fim de ano, formatura, casamento, aniversário, luto...o ciclo mudou. A brincadeira de balançar precisava ser trocada, a alegria vivida e sentida ... ressignificada. A sensação do que é FELICIDADE desconstruída numa frase: " Você não tem mais tamanho para brincar no balanço" . Considerando que ressignificação é o método utilizado em neurolingüística para fazer com que pessoas possam atribuir novo significado a acontecimentos através da mudança de sua visão de mundo e que o significado de todo acontecimento depende do filtro pelo qual o vemos, então...na verdade...revisitando meu ciclo do balanço na infância, entendo que era o ciclo da vida ensinando a...em cada NÃO ...dar um SENTIDO DIFERENTE . Dar sentidos diferentes aos " NÃOS" da vida...🤔🤔... eis a lição do ciclo do balanço. Entender que por motivos alheios a nossa vontade ou compreensão, os ciclos encerram. Compreender que daqui pra frente, será diferente. Aceitar as mudanças dos ciclos como necessárias a nossa evolução espiritual, existencial. Compreender que as vezes, seremos nós os autores dos nossos " NÃOS" e por outras vezes, agentes externos o farão. Compreender que mesmo achando que algumas coisas permanecem em nossas vidas...elas só aí ainda estão...firmes, fortes e com muita intensidade positiva e de felicidade... porque nos adaptamos ao longo do tempo as mudanças, aos pequenos ou grandes "NÃOS"do cotidiano, nos ressignificando... evoluindo e mudando, com a compreensão do " NÃO" incorporado como algo que também pode agregar novas possibilidades. Entender que existem diferentes felicidades, novas oportunidades, estar aberto as novidades nas rotinas e mudanças positivas também naquilo que é duradouro ( o que dura não quer dizer que dura porque é sempre igual, as vezes dura porque é um igual as vezes " diferente" 🤔). Ahhhhh.. então...um brinde aos " NÃOS" da vida que conseguimos absorver, filtrar, compreender... RESSIGNIFICAR. E...a pergunta que não quer calar. Obedeci minha mãe na época? Sim. Fiquei traumatizada? Não. E nunca mais andei de balanço? Claro que andei 😀... inclusive...neste da foto, tirada no domingo passado. Por mais balanços por aí!! adaptados ao nosso tempo cronológico e a nossa existência RESSIGNIFICADA❤️.



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