Eu não gosto de você!

Eu não gosto de você! Muito provável que nunca tenhas ouvido isso, mas pouco provável também que alguém já não tenha pensado isso de você. Convivemos numa bolha de padrões sociais em que essa máxima não é dita, mas é percebida, sentida, pensada. O que fazemos com esse sentimento é o que nos diferencia na maturidade, nos relacionamentos e na realização pessoal. Na infância, a criança faz birra, chuta, chora, esperneia e teima diante da adversidade. Na fase adulta, o ser humano aprende a conviver mascarando sentimentos, relacionamentos, situações de descontentamento ( o que na avaliação normal faz parte da maturidade). O problema é que muitas vezes, a pessoa não se reconhece mais, diante de tantos " personagens" pra atuar nas adversidades de um único dia. Ser autêntico tem seus preços no mundo real e atual, portanto, ter expectativas em relacionamentos também. Em tempos de crise( financeira, de ética,valores...) é que reconhecemos verdadeiramente quem nos rodeia, não na festa, no brinde, na hora do sorriso largo. Quando tocamos o outro no seu " defeito de fábrica" aí sim... colocamos o relacionamento a prova e pasmem...preparem-se para as surpresas. Você provavelmente conhecerá uma nova versão, um modelo de ser humano que foge ao padrão até então conhecido e vai exigir de você ressignificar seu conceito sobre esta pessoa... seja ela da família, amigos, amores, trabalho... não estará mais nela a decisão... e sim em você... porque as vezes o conflito é o sinal de que aquele relacionamento fazia mal a outra pessoa. Sim... fazia mal. Por incrível que pareça, para muitas pessoas, conviver com conflitos é mais natural e de fácil manejo ao convívio, quando a visibilidade latente dos " defeitos de fábrica" dos outros, ajudam a gente a não se sentir tão " feio" diante do espelho, espelho meu. Nos relacionamentos onde tudo se encaixa, se releva, se tolera em detrimento a viver momentos felizes, nestes... poucos tem maturidade para permanecer, porque são relacionamentos que exigem verdade, cumplicidade, tolerância, empatia. Para algumas pessoas, momentos felizes, só são felizes realmente...se elas forem as protagonistas! Eis a questão 🤔...o quanto a tua felicidade...agrada ou agride o espaço alheio! Portanto... uma dica importante é procurar conviver com pessoas que a tua FÓRMULA DA FELICIDADE... não as agrida... porque entendem que FELICIDADE é algo PESSOAL e SINGULAR. O sorriso é público mas o sentimento...ahhh...esse só a gente pra saber ❤️👌.